domingo, 21 de março de 2010

A Rosa Desfolhada.


Não sou a melhor, nem a mais charmosa, nem a mais popular, nem a mais bonita. Nunca ocupei um lugar prioritário na vida de ninguém. Só tenho as minhas convicções e as palavras pra usar como suporte, que podem ser minhas ou de outros também. O que vale mesmo é a sustentação, não importando de onde ela vem. Nunca importa mesmo. Posso ser tão silenciosa quanto uma página em branco, mas se algo despertar minha atenção eu costumo me derramar num mar de letras ou de sons. Se a maioria vê filmes da moda e dança ao som de pop music, eu costumo gastar minhas raras tardes chuvosas lendo poesia e tocando alguma música inebriante pra mim mesma, ou mesmo tentando cantar alguma coisa com uma voz fraca, que mal consegue sair em vista de tanto sentimento junto e confuso numa mesma canção. Não, não é nada demais. Tenho mais perguntas que respostas, mas creio que a primordial delas tenha a ver com o fato de passar despercebida, de ser meio transparente e apagada em face de outras que brilham mais que eu. Acho que sou estranha e talvez por isso a minha trilha sonora seja tão repleta de silêncios.