terça-feira, 1 de setembro de 2009

Das questões da vida.

MOTE

Quem ora soubesse
onde o Amor nasce,
que o semeasse!

VOLTAS (GLOSA)

D'amor e seus danos
me fiz lavrador
semeava amor
e colhia enganos;
não vi, em meus anos
homem que apanhasse
o que semeasse
[...]
Com quanto perdi,
trabalhava em vão;
se semeei grão
grande dor colhi.
Amor nunca vi
que muito durasse,
que não magoasse.


Questão 54: Do ponto de vista da temática desenvolvida no poema, pode-se afirmar que:
a) "Quem semeia ventos, colhe tempestades" é um provérbio que resume a ideia principal do poema de Camões.
b) o fato de que aquilo que se semeia é o oposto daquilo que se colhe está ligado ao desconcerto do mundo.
c) as metáforas agrícolas ligam o poema aos temas bucólicos, que foram retomados pelo Arcadismo mais tarde.
d) a ideia principal é a de que é preciso aproveitar o momento presente já que inevitavelmente colheremos sofrimentos.
e) o tema do poema é que o amor não existe.


Enquanto isso, na conferência do gabarito...

- Como assim?! Não acredito que não é o item E!
- Tu marcou o E? Eu fiquei em dúvida entre o E e o B.
- Pois é, de certa forma eu também pensei no B. Mas é ÓBVIO que é o E, pôxa!
- No gabarito diz B.
- Mas o amor não existe, Lidiane.
- Não confunda sua vida sentimental com a prova, flor.
- Hahaha, preciso me lembrar disso. *suspiro* Hunf. Mas pelo menos a questão eu queria ter ganho.

2 comentários:

- Tetê - disse...

Mas na minha vida sentimental amo existe! Só que ele é tempestade.

Thamires disse...

mas é de amor mesmo que eu tô falando, Tetê. com as quatro letras maiúsculas, sem que a palavra tempestade (ou outra parecida) habite o seu campo semântico. até ser convencida do contrário, vou continuar achando que isso é lenda.