sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Permita-se!

Parei na esquina. Algo pedia que eu olhasse pra trás. Não, não olhei. "Eeei, não me deixa!" Reconheci aquela voz, era uma voz triste e chorosa. Era eu. Eu, passado. Continuei firme na minha caminhada e segui.
Na outra esquina vi outra garota que sorria pra mim. Ela era diferente. Madura. Era eu de novo. Eu, futuro.
De vez em quando, eu, presente, tinha uma vontade imensa de olhar pra trás e tentar responder algumas perguntas, mas olhar para eu no passado trazia dor. Outra vez queria apressar meu passo e saber como eu estaria no futuro. A cada passo que eu dava, o meu eu futuro dava dois. E eu perdia muito tempo pensando nisso, percebi que meu futuro diminuía o sorriso cada vez que eu apressava o passo.
Então, encontrei um velhinho sábio que me deu um panfleto. Lá tinha escrito: "Um dia de cada vez". Então mudei. A partir daquele momento mudei. Coloquei um fone no ouvido e parei de ouvir o passado. Se ele não podia ser mudado, não me permiti mais pensar nele. Coloquei um óculos escuro e parei de prestar atenção no futuro. Olhei para o presente e me perguntei: O que eu posso fazer HOJE? Desde trabalhos da faculdade a ajudar alguém. Se eu sei que terei um problema semana que vem, me preocuparei com ele semana que vem. Hoje não vou desperdiçar meu dia. Todo os dias acordo, sento na cama e me proponho que hoje, apenas hoje, eu vou me permitir ser feliz!



E é aí que Caio complementa:
"Não espero nenhum olhar, não espero nenhum gesto, não espero nenhuma cantiga de ninar. Por isso estou vivo. Pela minha absoluta desesperança, meu coração bate ainda mais forte. Quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar. Quando se pára de pedir, a gente está pronto para começar a receber. O futuro é um abismo escuro, mas pouco importa onde terminará a minha queda. De qualquer forma, um dia seremos poeira. Quem é você? Quem sou eu? Sei apenas que navegamos no mesmo barco furado, e nosso porto é desconhecido. Você tem seus jeitos de tentar. Eu tenho os meus. Não acredito nos seus, talvez também não acredite nos meus próprios. Não lhe peço que acredite em mim."

"E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativo e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesmo."


Sei que tenho sido uma péssima dona, blog. Nada de palavras minhas aqui por enquanto. Achei esse post aqui e resolvi postá-lo porque li os mesmos trechos do Caio recentemente e ultimamente tenho andado muito nessa vibe. O que me aconteceu nos últimos tempos renderia páginas e páginas de assuntos não tão interessantes assim, mas eu prefiro não escrever nada agora porque a minha inspiração está sendo aplicada em um destino bem mais adorável. No mais, andei lendo muitos trechos merecedores de um espaço aqui. Acho que agora terei mais tempo de vir te visitar, mesmo que seja usando inspirações alheias. Um beijo, cem beijos. ;*

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