Recentemente, achei um caderno que me pertenceu aos 6 anos de idade. Meus olhos castanhos discutíveis captaram desenhos, colagens e uma letra trêmula, que ainda estava aprendendo a se auto-afirmar e a ganhar firmeza. A infância presente em cada uma daquelas páginas fez-me lembrar da sensação de estar num lugar onde tudo parece maior do que você mesma. Quando os pés não alcançam o chão ao sentar numa cadeira muito alta ou quando se precisa ficar na ponta dos dedos para visualizar o que se encontra em cima de um balcão. De repente, uma verdade me atingiu como um raio: Todos nós temos um pouco disso. Longe de tudo, não somos nada além de: Uma criança assustada. Apesar dessa certeza irrefutável, continuo não querendo ser tratada assim. Melhor esconder as inseguranças e os temores em uma manta negra e pesada? Talvez. Até gosto de ter dúvidas.
5 comentários:
Sabe que eu tambem encontrei um caderno desses? Era de redação e o primeiro texto falava sobre um garoto muito corajoso chamado Renato - o nome do meu namorado.
A vida é engraçada. Mais cedo ou mais tarde nossos olhas acabam enxergando sentido nas coisas menos lógicas.
A dúvida é ímpeto de movimento
"... e é inútil ter certeza..."
Sabe, adoramos o jeito como escreves, os textos e a sensibilidade. Parabés pelo blog! Podemos te linkar?
Grande Beijo
Realmente,a maneira como se expressa no texto,deixa nós leitores, meio que dentro da história.Parabéns pelo Blog
Letra trêmula que hoje não é tão trêmula assim, pelo contrário.
Ganhou firmeza, ganhou destaque, ganhou e ganha o coração das pessoas, e vai ganhar o mundo.
Sério, don't stop. Never.
Como é que se diz, eu acredito no poder da palavra, pois.
Dúvidas? tô fora. Prefiro a certeza das coisas.
[lidiane g.]
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