sábado, 1 de maio de 2010

Insônia e café forte à meia-noite.

“Penso em você apesar de não sentir sua falta e muito menos sua presença. Penso em você porque sinto um vazio, que eu não sei do quê e nem por quê. Revelo, então, mais uma vez, minha estupidez, já que não é você quem vai me salvar e nem muito menos me catapultar pra uma dimensão mais tranqüila e menos ansiosa de coisas que não têm nome.”
(Caio Fernando Abreu)





E o que fazer quando se quebra todos os conceitos de distância e proximidade? O paradoxo de se estar ao lado, ao alcance de um toque, e ao mesmo tempo ter um abismo separando-nos, o pensamento de se estar distante e poder conversar sempre que preciso... E quando se espera por aquilo que já se sabe que não virá? E quando esse abismo é invisível, não havendo sequer a certeza sobre o fato de ele existir ou não? Os livros lidos e ainda por ler perdem toda e qualquer importância, os dias vindouros não trazem nada além de uma promessa que provavelmente não se cumprirá e de uma certeza de uma espera baseada em histórias passadas que nunca trouxeram resultados. Existiu, existiria, existirá? A insônia após uma ótima noite cercada de amigos incríveis me acompanha. O que ontem era música, hoje é silêncio.

A razão eu desconheço.
Mas um olhar e um abraço demorado poderiam ser suficientes pra dissipar as dúvidas, mudar os rumos da situação, clarear a vida...

4 comentários:

Sávio disse...

Como alguém que você não conhece conseguiu descrever o seu atual momento? Só sei que é extremamente estranho e aliviador. Afinal, é bom saber que alguém possa sentir o mesmo. "Mas um olhar e um abraço demorado poderiam ser suficientes pra dissipar as dúvidas, mudar os rumos da situação, clarear a vida...": a mais pura verdade.

Juss disse...

Quer um abraço? =]

Camila disse...

Thamis, tu escreve muito bem, sério. Gostei muito, parabéns!

- Tetê - disse...

Só tenho uma palavra pra você: SINERGIA.