sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sub-li-nhar

para os perdidos,
para os degredados,
Para os que criam asas ao ficarem sós

a noite oferece libertação,
libertinagem,
liquidez,
solidez,
Solidão

e aquela mão que carinhosa busca
algum atalho pros princípios teus
resignadamente se assusta
e cessa às custas dos passados meus

de como eu era mais sutil
por tanto amor
que mal senti...

de quando havia um Pôr-do-Sol,
um dó de si,
você em mim...

então me chega esse latente sopro
de memórias do aqui-agora
de saudades do que há de vir

e onde a paz de que tanto preciso?
e a resposta aos meus devaneios?

o ar da noite traz-me enfim o sim
os sons vieram em direção a ti
sonhando-te no que outrora tive
deixando-te no âmago de mim

Um comentário:

Johnny Nogueira dos Santos disse...

Nossa adorei seu blog de verdade!!!!!

Quando puder dê uma olhada nas coisas que escrevo, quem sabe você não se entorpeça, assim como me entorpeci com o seu...
http://johnnynogueiradossantos.blogspot.com/

Parabéns!!!!!

Grande abraço!!!!

Outro, Eu

Mordo um pedaço do tempo
Que de fato nem tenho
Sou o próprio verbo
Conjugado e escrito
Apagado e empoeirado
Na prateleira de um sebo
Sou o próprio papel em que escrevo O lápis que se deita em meus dedos Sou o poeta que não leio
As palavras que não falo
As que canto em pensamentos que berram
Sou o silêncio que traz o sono
Sou o tudo que desconheço
Sou os livros que me leram
A arrogância que desprezo
Às vezes eu mesmo, às vezes o outro
Ora avesso, ora em (in) verso...
Tudo que seja descartável e eterno Sou a distância entre este planeta E o fim do universo