domingo, 9 de agosto de 2009

De médico e louco todo mundo tem um pouco.

Ando meio mística. Meio dark, meio rock, pintando as unhas de vermelho e acordando de rímel às 6 da manhã. Nada de violão. Sabe como é, falta de tempo e de coração. Tinta vermelha escorre de mim pelo chão. Mistura-se com o branco de algum outro lugar e vira o róseo. Nem bolchevique nem menchevique. Pra quê escolher se se pode misturar? Pra quê pensar se existe a distração? É tão mais cômodo não agir, não falar, não pensar, não aparecer. Esfinges não foram feitas para a compreensão. Quando se tem uma vida inteira pela frente e os próximos meses decidirão o rumo dos seus próximos anos, qualquer tipo de pensamento que envolva algum extremo desvia o foco. Embassa. Quando a claridade por um lado é impossível, melhor mesmo é ter boa visão. E a minha é excelente.

Ah, cara, tô bem, sabe. Apesar do cansaço exacerbado, da pressão vinda de todos os lados e do medo de falhar mais uma vez, eu tô bem. Quando o seu suor é a única prova de seu esforço, você se aproveita dele pra provar pra si que consegue vencer qualquer coisa. Não, não mata. “Perdi um pedaço. Tem tempo. E nem morri.” Adoro ironias, elas me divertem. Leio contos, canto os tons mais altos que a minha modesta voz pode alcançar, escuto tudo no volume mais alto que os meus ouvidos podem suportar. Porque tô viva, tô aqui, mereço gostar de mim. E se eu vivo nadando contra a correnteza e se quebrar a cara já virou rotina, foda-se. Pelo menos eu tenho braços pra nadar e tenho cara pra quebrar. E ah! Sou mulher sim e falo palavrão sim. Moderadamente, claro, mas quando dá vontade, por que não? Falo por mim e para mim, porque é terapêutico e porque hipocrisias sociais andam me aborrecendo. Me respeito, acima de tudo. Respiro o que está ao meu redor, absorvo o que está ao meu redor, multiplico o que eu vejo e somo o inconsciente às atitudes. Meu codinome é intensidade.

Um comentário:

- Tetê - disse...

Atooooron quando você escreve assim, flor. Fico feliz! =D